“Tô com 90 anos. Nasci na rua da Goiaba. Me criei na rua da Goiaba. Me casei na rua da Goiaba. Tive meus filhos na rua da Goiaba. Ainda moro na rua da Goiaba. Tudo na mesma rua!” conta, alegremente, seu Otaviano Bruno Pereira, ancião entre os pescadores da APESCAN.
O pescador viveu parte de sua história na Ilha do Francês, uma pequena ilha com uma rica história, em frente à Praia de Canasvieiras. Seu Otaviano casou-se em 06 de setembro de 1954, e no dia 07 de setembro foi para a ilha morar e trabalhar. Assim seguiu por 15 anos.
A Ilha do Francês já teve diferentes proprietários desde 1824, e por muito tempo foi habitada, por pessoas que ali pescaram, plantaram, criaram animais e até mesmo cultivaram jardins de orquídeas e flores exóticas. Uma das estórias que circulam pela comunidade e que justifica o nome da ilhota, é de que um veterano do exército de Napoleão Bonaparte teria habitado a ilha, após a derrota das forças francesas em Waterloo.
Seu Otaviano conta que, antigamente, as terras de Canasvieiras não tinham dono, o que significava que qualquer pessoa, de qualquer condição social, poderia vir construir sua casa ali. Além dos pescadores, o local era habitado pelas roças e engenhos de farinha. Conhece Seu Siriaco, de 94 anos, que tem parelha na Daniela.
PREPARO PREFERIDO DA TAINHA
Assada na brasa, assado no forno recheada com a ova.
