A Praia do Forte, no norte da ilha, carrega este nome devido à presença da histórica Fortaleza de São José da Ponta Grossa, instalada na encosta do morro entre esta praia e a de Jurerê. A construção da fortaleza remonta ao ano de 1740 e teve como objetivo defender militarmente a barra da Baía Norte, fazendo parte de um projeto de consolidação da ocupação portuguesa no sul do Brasil Colônia.
Foi em torno da Fortaleza que a comunidade do entorno do morro da Ponta Grossa foi se construindo, sendo constituída principalmente por descendentes de imigrantes açorianos e de africanos coagidos ao trabalho escravo na construção da fortificação. A economia de subsistência que se desenvolveu no local girava em torno da pesca e da agricultura, constituindo um modo de vida que foi passando de geração para geração.
Essa é a história de famílias como a família Alves, do Rancho do Cibidi, que já está na sexta geração nativa de pescadores. “O manezinho é meia fibra: um pé na água, um pé na roça”, considera Rodrigo, filho de Seu Alcebíades, a quem o nome do rancho faz uma carinhosa homenagem.
Rodrigo conta que, com a chegada do empreendimento de loteamento da Daniela, em 1972, e do Clube Doze em Jurerê, em 1974, grande parte dos familiares abandonaram a pesca e a agricultura como principal fonte de renda e foram trabalhar de carteira assinada. “Noventa por cento do pessoal da Ponta Grossa aqui do Forte foram funcionários do loteamento Daniela e Clube 12. Só que a pesca é muito forte aqui”, relata.
O Rancho do Cibidi começou há cerca de 8 anos, com Seu Alcebíades, Dona Maria Rita e Adelmo, o filho mais velho. Desde então, tem sido motivo para animadas e constantes reuniões familiares e de amigos, sobretudo aos finais de semana. Como a família é grande, sempre estão em número ali no rancho, compartilhando cafés da manhã, almoços e jantares e mantendo a tradição da pesca artesanal.
PREPARO PREFERIDO DA TAINHA
Assada escalada, frita, caldo de peixe.
